domingo, 2 de outubro de 2011




O Medo do Rim, o ladrão de almas.


     Os Rins são dois órgãos que filtram os líquidos orgânicos e o sal do corpo. Filtrando mais de 1.500 litros de sangue por dia, eles separam, extraem as toxinas do sangue e as transformam em urina. Assim, ajudam na capacidade de resistência e de recuperação em relação ao esforço físico e mental.

     O Rim é um órgão muito importante em relação ao stress e aos medos, e na gestão deles. Sua conectividade com a glândula supra renal, fornecendo hormônios e corticóides, irão determinar nosso comportamento de ataque ou fuga, mediante as circunstâncias agressivas a nossa integridade física, podendo acontecer no mundo real ou imaginário.

     Estas relações neurovegetativas e energéticas que o Rim mantém com o nosso corpo, são de tais complexidades, que aqui, irei apontar apenas algumas delas: O Rim manifesta-se na força do cabelo e na qualidade da memória, pois libera determinados hormônios que alimentam o folículo capilar e favorecem a sinapse dos neurônios; biomecanicamente, influência o equilíbrio dinâmico da região lombar e dos joelhos por suas relações neurais e fáscias (tecido conectivo). O sentido da audição também esta correlacionado de forma direta com a integridade do Rim, devido ao cruzamento do nervo Frênico com o Auditivo, e assim , quando o Rim apresentar alguma alteração biológica ou energética, poderá surgir o chamado “ZUMBIDO DO OUVIDO”, como uma manifestação de tal desequilíbrio.

     O medo é a emoção que o Rim apresenta em sua natureza. Sejam eles profundos e essências (a morte, acidentes, atentados, altura, lugares, objetos, animais, etc...) ou então os que estão relacionados às mudanças. Os problemas Renais nos revelam a dificuldade que temos de romper com velhos hábitos e esquemas de pensamentos ou crenças.

     Diariamente, observo, em minha rotina profissional, pacientes que apresentam mazelas locomotoras na região lombar e nos joelhos, por consequências dos medos vivenciados pelo stress diário ou apenas pelas inseguranças afetivas ou profissionais.

     A minha maior experiência terapêutica foi, sem dúvida nenhuma, proporcionada pelo “MEDO DO RIM”. Há cerca de alguns anos, um senhor, veio me consultar apresentando sintomas da Síndrome de Parkinson. Este paciente apresentava sintomas muito específicos desta doença, como uma intensa rigidez articular que dificultava muito sua marcha locomotora, um cansaço constante com intensa fraqueza muscular, associada a uma perda da coordenação motora e uma importante incontinência urinária. Estava sendo tratado de maneira farmacológica já há algum tempo, com medicamentos específicos para a síndrome, tendo em vista estabilizar o avanço desta doença.

     Durante sua anamnese, ele me revelou que seus sintomas surgiram após ter sofrido um atentado contra a sua vida. Ele estava em um ônibus que foi atacado e incendiado na cidade do Rio de Janeiro, e que pessoas morreram queimadas na ocasião. Percebi, imediatamente, que sua doença estava sendo manifestada por memórias oriundas das conectividades Renais. Iniciei, assim, um tratamento direcionado para os seus medos e para os seus Rins.

     Após alguns meses, este paciente recebeu alta, pois seus sintomas não se acentuaram e na sequência do tratamento regrediram quase que por completo. Este paciente, atualmente, realiza exercícios diários, como natação e pilates. Outra coisa que me chamou bastante a atenção foi a mudança de padrão mental durante seu tratamento. Antes apresentava uma postura de “não fazer nada e aceitar as coisas como elas vêm”, o que lhe prejudicou no longo prazo com o surgimento de uma depressão associada. Hoje, apresenta uma atitude de DESPERTAR em relação à vida, descobriu no medo da doença e nas suas dificuldades, uma maneira de se conhecer melhor e de se reintegrar com o seu EU INTERIOR.

     Sua mudança de valores interiores foi fundamental para ele aprender que a liberdade perfeita não esta só em assumir a vida e o sofrimento com amor, mas também, em estabelecer um equilíbrio em suas atitudes e em seus pensamentos.

      A maior descoberta que tive com esta pessoa foi que o ser humano pode modificar sua vida apenas mudando sua atitude mental. Em minha opinião, a vitalidade, de um modo geral, depende do quanto é forte a energia do Rim. Todo o processo de envelhecimento é comandado basicamente por ele, e assim sendo, adotar sempre uma atitude positiva passa a ser uma obrigação em nossas vidas.

     Os processos somáticos paralisantes podem ocorrer quando atravessamos uma fase ruim, pessoal ou profissional, entretanto, não podemos permitir que nossos medos atinjam proporções imaginárias e que aprisionem a luz da nossa alma e os movimentos do nosso corpo.


O Medo é o mais ignorante, o mais injusto e o

mais cruel dos nossos conselheiros.

4 comentários:

  1. Parabéns Dr. Sergio. Que Deus continue te abençoando e te usando para abençoar vidas

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  2. Dr.Sergio, surpreendente, muito bom! Que o senhor tenha permissão para continuar praticando essa medicina por muito tempo e que possa deixar adeptos... pois esse mundo esta precisando muito! Sinto-me grata!

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