terça-feira, 15 de março de 2016

Um "crec" na vida!


Um "crec" na vida!

 Uma vez, em um dos meus atendimentos, recebi uma senhora de 63 anos de idade com diagnóstico de depressão. Relatou-me que seu quadro clínico não melhorava e que todos os tratamentos não funcionavam porque seu corpo não produzia serotonina, o hormônio da felicidade.

 Mostrou-me uma caixa cheia de comprimidos e alguns eram importados para compensar seu quadro endócrino e aliviar suas dores do corpo. Observando a postura do seu corpo, vi o ombro direito elevado, tronco encurvado para frente, quadril direito torcido em anterioridade e pé esquerdo rodado para fora. Disse-lhe que, para que seu cérebro tivesse suas funções normalizadas e produzisse a melhor química possível, teria que mudar sua expressão e linguagem corporal, corrigindo seu semblante e a sua postura. 

 Ela riu como se tudo o que falei não fizesse o menor sentido. Iniciei assim, minha sessão de correção mecânica das articulações, liberação do fluxo hepático e reconexão das fascias do sistema renal. No final da sessão, passei uma fórmula homeopática para tonificar os rins, 3 vezes ao dia por 15 dias, tendo em vista este sistema ser responsável pelas correlações cognitivas comportamentais de atitude e presença de espírito do ser humano.

 Quinze dias depois, na segunda consulta, ela voltou completamente diferente. Um tom de voz forte e vibrante, alegre e entusiasmada. Disse-me que queria contar todas as mudanças que lhe ocorreram. Relatou-me que, após a morte do marido, seu filho a convenceu de que devia aproveitar o plano de aposentadoria e parar de trabalhar. Sem companheiro e sem ocupação, o filho também a convenceu de que não podia mais dirigir. O passo seguinte foi dar uma procuração para que ele cuidasse da sua pensão e aposentadoria. Neste momento, ela não tinha mais marido, trabalho, liberdade de ir e vir, pois dependia da boa vontade do filho para levá-la a qualquer lugar como também não tinha mais dinheiro pois seu filho passou a ficar com todos rendimentos e usava da maneira que lhe era conveniente. 

 O passo final foi levar a mãe ao psiquiatra que lhe passou um monte de remédios para uma senhora que vivia chorando pela morte do marido, triste e calada pelos cantos da casa, cheia de dor pelo corpo, quase um cárcere disfarçado.

 Depois das manipulações articulares da nossa primeira consulta, ela percebeu seu corpo mais ereto e com maior liberdade de flexibilidade e conforto. Mandou fazer no mesmo dia a fórmula homeopática e iniciou seu tratamento no dia seguinte. 

Com o passar dos dias, apresentava cada vez menos dor e surgiu uma sensação de bem estar e de mais energia que foi crescendo... No sétimo dia, percebeu que estava bem disposta, bem humorada e com mais atitude. No décimo, ressurgiu das cinzas.

 A primeira coisa que fez, foi cancelar a procuração do seu filho e assumir novamente a gestão do controle da sua vida financeira. A segunda, foi pegar seu carro de volta e foi visitar uma prima. A terceira grande mudança foi aceitar um convite de uma amiga para ir ao teatro (sociabilidade).

 O depoimento dela foi tão forte que lhe perguntei: como você conseguiu então pouco tempo, fazer tantas mudanças? Ela respondeu: Você me disse que se eu mudasse a minha postura corporal, iria também mudar meu cérebro e a forma de como vejo o mundo.

 Vocês podem ver o quão transformador pode ser para qualquer pessoa o simples fato de regular a sua expressão corporal e a sua postura. As mudanças são imediatas, os resultados, avassaladores. E é importante saber de que quanto mais forte for sua nova mudança de expressão corporal, mais profundos e consistentes são os ganhos.

 Você já sabe que as emoções instalam-se nos órgãos, na carne, e para que ocorra de fato uma reprogramação de crenças e eliminação rápida de vícios limitantes, deve-se levar em conta que a manipulação dos ossos do corpo libera espaço cognitivo para outras programações de melhor qualidade.

 Então fica a dica: A vida é muito curta para se levantar todos os dias com censuras.

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