sábado, 10 de setembro de 2011

O polegar, a força de um gesto.




O Polegar, a força de um gesto.

        Sempre tive o mais profundo interesse por todos os métodos para obter saúde, porque, em minha opinião, o processo curativo ocorre mediante ao equilíbrio do todo e não das partes. Não é exagero dizer que as mãos são uma das maiores fontes de canalização e direcionamento de energia que o corpo humano possui.

     Assim, como estudante de várias terapias holísticas, presenciei inúmeras manifestações do nosso psiquismo através das mãos. Os dedos representam as terminações finas das mãos. Eles são os seus detalhes e, por conseguinte, as terminações dos nossos atos, os detalhes das nossas ações ou da nossa forma de agir.

     Cientistas alegam que nas mãos existam cerca de dois milhões de células extras sensórias, transmitindo, por meio das terminações nervosas, toda a relação de contato com o mundo exterior. Em relação aos nossos dedos, o polegar ocupa uma posição de destaque, é considerado o símbolo máximo da evolução, não sendo encontrado em criaturas subdesenvolvidas. Possui uma dinâmica universal de comunicação: para as crianças é considerado o dedo “mata piolho”; para os historiadores é o dedo da vida ou da morte (Pollise verso), segundo os costumes romanos; para os tímidos ou monossílabos, é o dedo do estou bem, ou, não estou bem.

     Para a emotologia, o polegar é o dedo aonde termina o meridiano do Pulmão. É o dedo da proteção, da defesa e da reatividade em relação ao mundo exterior. Aliás, as crianças fazem isso muito bem, quando se põem a chupar este dedo, a partir do momento em que sentem necessidade de “tranquilizar-se”.

  Muitos dos problemas que observo em minha rotina profissional correlacionada às mazelas deste dedo, como, por exemplo, tendinites, tenossinovites ou artroses, estão relacionadas com determinadas emoções afloradas por meio das relações conectivas do sistema neural e nervoso.

     Em todos os casos, os traumatismos (feridas, cortes, entorses, reumatismos, artroses, etc...), correspondem às noções de necessidade de proteção, de defesa quanto a uma agressão do mundo profissional ou afetivo, ou então, como uma vivência de tristeza ou aflição.  Recordo aqui, de uma paciente que sofria de várias dores no polegar da mão direita. Paralelamente, a relação familiar, com seu filho, estava muito mal; problemas com drogas e brigas constantes acometiam sua paz de espírito. Dessa forma, seu Eu Interior manifestava-se através de uma rigidez articular do polegar, para sinalizar um ato de não aceitar aquelas circunstâncias.

      Assim, sugiro observar melhor suas dores no polegar, porque as tensões, que aí se manifestam, nos revelam as insatisfações que sentimos a respeito da forma como as coisas acontecem ao nosso redor, ou, como estamos gerenciando nossa própria vida.

“Acredite no seu potencial, procure motivar-se todos os dias e mantenha sua auto-estima sempre elevada. você realizará grandes feitos em sua vida.”

domingo, 4 de setembro de 2011

Vermelha Visão



“Vermelha Visão”

           Os olhos são os órgãos da visão e, graças a eles, podemos ver o mundo exterior, em cores e em relevo. Estima-se que de 20% a 30% da população possua algum tipo de problema de visão. A causa desses distúrbios não é totalmente conhecida, mas acredita-se que eles sejam fruto de uma combinação de motivos genéticos, ambientais e emocionais.

     Para falar sobre os olhos, teremos que rever alguns conceitos de suas relações neurovegetativas com o fígado (ver texto “A Raiva do Fígado”). Não é à toa que, quando estamos com raiva, apresentamos os chamados olhos vermelhos. Por outro lado, quando o fígado apresenta disfunções biológicas tipo hepatite, os olhos ficam amarelos. Devido a tais ocorrências, com o passar dos tempos, a medicina passou a observar melhor estas conectividades.

     O fígado é o órgão que representa a raiva e a frustração como emoções predominantes da sua natureza. Logo, os males dos olhos significam que temos dificuldades para ver algo na nossa vida e, em especial, algo que nos atinge no nível afetivo. “O que eu não quero ver”, ou, ”O que eu não posso ver” são questionamentos que frequentemente estarão relacionados com uma sensação de injustiça, frustração ou recolhimento (tristeza prolongada).

     Lembro-me de uma senhora que me procurou para tratar seus olhos a respeito de várias infecções repetitivas. Seu médico oftalmologista, certo de que sua imunidade estaria abalada, sugeriu algumas sessões de acupuntura paralelamente para restabelecer seu equilíbrio psico-imunoterápico. Quando abordada a respeito de seus conflitos afetivos, percebeu que suas mágoas e frustrações comprometiam sua integridade biológica e, que sua dificuldade de aceitar certas perdas do passado, bem como sua inabilidade de relacionamento com seu cônjuge atual, desencadeavam imensos desequilíbrios no seu sistema imunológico. 

      Aos poucos, durante seu tratamento, pude  ajudar a remover sua energia agressiva, que se voltava contra ela mesma, e que era decorrente do alto grau de dependência desenvolvida e da dificuldade de expressar seus sentimentos e objetivos.

   Sua resposta curadora iniciou-se a partir do momento em que compreendeu  melhor  isso. Convém salientar que, ao longo da vida, esta pessoa se moldou aos costumes do seu ambiente, adquirindo conceitos de crenças e valores que, na maioria das vezes, não correspondiam ao que realmente sentia. Em virtude dos bloqueios estabelecidos por suas concepções, ela não se permitiu desfrutar das fases felizes e sempre quis se fazer de forte, colocando uma pedra sobre seus sentimentos e uma venda sobre seus olhos.

     No entanto, não devemos nos esquecer de que dificuldades são recursos de aprendizagem, e quem sofre de manifestações oculares constantemente, expressa conflitos com os seus medos do presente ou do futuro, demonstra suas dificuldades de lidar com a solidão e carrega, dentro de si, culpas pelo que não realizou no passado.

      Se os olhos são realmente as janelas da alma, não podemos nos esconder atrás de máscaras ou paradigmas. Devemos trabalhar nosso autoconhecimento, questionando nossos valores e analisando o que é realmente importante para o nosso Eu interior. Isto vai-nos ajudar a tomar decisões sensatas, no decorrer da vida, e aperfeiçoar nossa presença de espírito.

  Caso suas parcerias estejam demasiadamente complicadas, seu relacionamento caminhe em direção oposta a suas expectativas, sugiro que utilize sua energia para defender suas ideias e suas posições, insista em uma forma direta e dinâmica de diálogo. Comprometa-se a manter o foco em ser feliz, não pague para ver se no fim do poço existe realmente uma mola, corrija seus passos imediatamente, abra seus olhos e escute mais seu coração.