domingo, 28 de julho de 2013

Doenças do Sangue: a perda da fé na vida.

      

     Há alguns dias, enquanto estava, no hospital, para ser submetido a um procedimento cirúrgico, ouvi inúmeras conversas entre uma equipe médica e familiares da paciente do quarto ao lado. Seu problema era sério e os médicos não sabiam a causa da doença sanguínea que acometia essa jovem que, pouco tempo antes, era saudável e forte. 

    São vários os tipos de doenças do sangue, dentre os quais, a anemia, a leucemia, a septicemia, a talassemia. O sangue carrega todos os elementos da vida: os minerais, os hormônios, as enzimas desintoxicantes do organismo e as substancias invisíveis da chamada energia vital. Quando a ciência diz que algo é genético, considero-o, apenas, uma repetição de padrões mentais e comportamentais dos nossos ancestrais, que se manifestam com força de expressão e atitude em nosso ser.

     O sangue representa a própria vida e a alegria de estar nela para crescer em direção aos nossos objetivos, crenças e valores. Nada é, intrinsecamente, mau ou bom, pois somos nós que atribuímos valor ao que vivenciamos, interna e externamente. 

     As doenças do sangue podem revelar a perda do referencial que coordena a atuação na vida. Acometem, principalmente, pessoas que, após experienciarem perdas ou tristezas profundas, têm sua identidade e suas bases emocionais e afetivas abaladas, tornando-se magoadas e ressentidas com o rumo que suas vidas tomaram. Passam, assim, a viver numa condição contrária aos seus princípios, afrontando sua saúde e integridade física. 

      No caso das doenças sanguíneas, a pessoa, ao invés de mobilizar seus recursos com o intuito de vencer seus obstáculos e resistências para reconquistar sua qualidade de vida, entrega-se ao derrotismo, sentindo-se fracassada e confusa em seu mapa mental.

    A separação de um casal, por exemplo, é algo que pode contribuir para desenvolver doenças dessa natureza. A instabilidade afetiva que torna incerto o futuro gera tensão e angústia. Quando a pessoa sente que seus laços afetivos estão se deteriorando, é tomada por grande estresse, juntamente com a perda da fé e do foco, principalmente se, ainda, existirem sentimentos em relação ao parceiro.

   Aquilo que é mais precioso no ser, a sua natureza íntima e os seus sonhos, são recalcados. Sua integridade não é preservada, a pessoa sente-se arrasada pelas circunstâncias e, para ajustar-se à realidade, submete-se à castração de suas vontades e à anulação dos seus desejos. 

  A doença mostra que algo não está harmonioso e que a pessoa está presa ao passado, por falta de recursos ou consciência. É importante, para o processo de cura, que ela resgate sua garra pelo presente e acredite no seu poder de vencer a doença que ameaça a sua própria existência.

   Para manter a dádiva da vida é preciso assumir-se e tornar-se o seu maior aliado. Dedicar tempo para aprimorar a maneira de lidar com seus processos interiores e de desenvolver suas habilidades curativas, além de fortalecer seus laços com o sagrado. Pensar nos meios disponíveis e nas oportunidades que a vida oferece. Acreditar que se pode ser feliz, que a felicidade não é alcançada, somente, pelos bens materiais. Ser feliz é estar integrado a si próprio e sentir-se bem consigo mesmo, cultivar laços afetivos saudáveis com as pessoas da sua convivência e solidificar seu caráter perante as adversidades da vida.

 ”Não se esqueça de que sua saúde repousa na capacidade de aceitar e responder à situação como ela realmente é”.

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