quinta-feira, 25 de julho de 2013

O pé: Mapa do sofrimento e da autorrealização.




 Como anda a sua autoestima?
 Você se encontra equilibrado? 
     O modo como a pessoa pisa ou caminha pela estrada da vida sempre nos remete à figura imaginária do pé. O estado dos pés e suas características revelam os sofrimentos secretos, a personalidade, as intenções, os medos, o nível de agressividade, o grau de ligação com a família e com os relacionamentos amorosos, sua espiritualidade e, também, como a pessoa lida com as dificuldades da vida. 
    O cérebro humano não distingue entre ficção e realidade. As respostas emocionais e corporais advindas da imaginação são idênticas às provenientes da realidade, em suas atitudes orgânicas.
    Nossos pés possuem cerca de dois milhões de células sensitivas para captar e reproduzir as informações do sistema nervoso e, assim, esta região torna-se quase um espelho do nosso ser. 
    As chamadas dores nos pés revelam que a pessoa encontra-se sensível e magoada, as dores refletem a necessidade de reconhecimento pelos esforços e por tudo o que ela faz a todos. Na realidade, estas dores podem corresponder à atitudes internas e secretas de não suportar mais as pressões, os atritos e as cobranças das pessoas de sua intimidade familiar ou profissional. A falta de habilidade para viabilizar os meios propícios à realização do que lhe gera prazer impede a pessoa de alcançar os seus verdadeiros objetivos. 
    Na maioria das vezes, a impossibilidade de fazer o que tem vontade não se dá pela falta de condições ambientais ou financeiras, mas, sim, pela incapacidade de se libertar dos outros ou de seus afazeres. Certas pessoas encaram seus compromissos como um sacrifício ou uma escravidão. Encontram-se tão aprisionadas em seus mapas mentais que não abrem espaço para o prazer. Além de negligenciarem o prazer, não assumem a frustração de não terem feito o que tinham vontade. Geralmente atribuem aos outros o seu insucesso afetivo ou profissional, justificando-o como pura falta de companheirismo, incentivo ou azar do destino. Na verdade, foram elas mesmas que não manifestaram recursos suficientes para terem uma atitude construtiva, nessa hora.
    Em suma, a dor no pé nos força a olhar para baixo e para dentro, para as nossas dificuldades existenciais, para a perda da liberdade e, principalmente, para a falta de disponibilidade interna e de autoestima. Ao contrário, acreditar nos processos da vida e que somos capazes de realizar o que almejamos nos fortalece internamente com uma sensação de confiança e segurança. 
   O pé precisa desses recursos para se curar, e, para isso, é necessário saber o que, realmente, se quer da vida e ir em direção às suas metas, mesmo tendo que, às vezes, dar passos para trás, devido a algumas resistências ou pedras no caminho.
   Para se livrar, definitivamente, das dores e desconfortos nos pés, reveja seus pensamentos e passos. Caso perceba que seu comportamento continua sendo repetitivo e em direção contrária aos seus objetivos e intenções, reconecte-se agora. Pare de se preocupar com tudo e com todos e pense em soltar e delegar algumas atitudes aos que você considera "imperfeitos", porque, afinal de contas, quem fica obcecado pelas ideias e indiferente ao presente, deixa passar excelentes oportunidades.
  Qualquer dor no pé pode ser curada através de fisioterapia, cirurgia ou pela própria natureza, mas é necessário sanar a causa psicológica, emocional e espiritual para que a transformação seja efetiva.
  Se você, como eu, acha que a vida é, realmente, uma dança, uma jornada, uma sinfonia, não deixe de experiênciar tudo isso por causa de uma simples dor no pé. Celebre a vida. Acolha sua forma física. Vivencie seu corpo como um templo para seu espírito. Honre-o, cuide dele e ande com passadas largas nesta sua experiência humana. E faça isso JÁ.

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